segunda-feira, outubro 30, 2006

alguém que não chega

Num impedimento quase infantil,
sinto-me cada vez mais só.
Nas dores invisiveis da alma
entro em estado febril.

Este estado deixa-me doente.
é solidão o aperto no peito.
A procura de algo que nunca mais encontro,
na ansiedade de me sentir preenchida.

A vontade de não parar.
O corpo que teima em dormir.
O desejo adiado.
Esta situação de ter e não ter.

Sou injusta e egoista,
muitos existem e piores que eu estão.
Mas sei que me abandonaria
se nos braços desse alguem conforto encontrasse.

As dores da alma trespassam-me.
O corpo definha sentindo-se fraco.
O estomago enrola-se .
As mãos tremem.

O medo da noite.
O medo de mim.
A impossibilidade de tudo.
O vazio do nada.

Que amor é este afinal?
Que não ultrapassa os seus limites…
Que amor é este afinal?
Que encontra impedimentos rotineiros…

Amar sem quebrar barreiras, é amar?
Amar de coração aberto, não é arriscar?
Amar para alem de nós mesmos, não é lutar?
Amar numa união harmoniosa, não é dar tudo?

Erro eu sei,
desejo dos outros o que eu consigo dar.
Sofro e assim,
a alma perde a força o corpo a vontade..

Não estou bem.
Sinto-me à deriva.
Já o disse e avisei.
A qualquer momento posso ancorar noutro porto!!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Plantada firmemente de ancorar o cordão de volta no centro da Terra.

Este amor é afinal o amar........

nar

Daniel Aladiah disse...

Querida Laura
Que palavras te podem ajudar?... Julgo que nenhumas, neste momento. No entanto, acredito que vais conseguir navegar ao encontro dos teus sonhos ainda não realizados. O teu porto ainda não está à vista, mas existe.
Um beijo
Daniel

Anónimo disse...

Olá bebé

Serás forte como sempre
Apesar das incertezas
Tens que continuar a lutar
Sem exibir as tuas fraquezas

Parabéns

Bjokas
Sou eu... o tal

Anónimo disse...

O Amor e o Medo andam muitas vezes de mão dada.
Beijito.

Anónimo disse...

Leio o teu espaço e vejo dor, procura, espera. Qual animal que se refugia para sarar. Querida Laura, temo que não és muito boa a ouvir, ou sofres porque também este sentimento é viver. É com muita pena que te dirijo estas palavras, e numa fase em que ando tão paternal, pergunto, que pai gostaria de ver sua filha assim? Sei que os meus filhos, serão homens amanhã, e terão o mundo que conheçemos. Gostava muito de lhes dar o paraíso e que os sonhos que hoje vivem dura-se a eternidade. Então como sair deste embróglio que nos leva para um lugar escuro sem luz á vista? Minha querida Laura, lembras quando estudamos no liçeu, em que nos ensinaram que mos tempos em que havia repressão a obra versava mais o interior do artista. Se calhar nunca a repressão foi tanta como nos tempos actuais, se não somos alinhados, somos contra o sistema. Está bem, que não somos declarados formalmente culpados, por isto ou aquilo. Mas aí está, somos julgados sem julgamento, presos em cadeias sem grades, errantes numa sociedade que nos despreza, sem tão pouco compreender porquê. Querida Laura, concluindo, estámos a viver tempos difíceis, tempos em que as pessoas estão com as suas almas doentes, obssecadas em atingir metas, que se pensarem bem, não têm importância.
Esta situação não vai durar muito tempo, as pessoas ainda não se revoltaram, porque estão adormecidas. Um dia a humanidade, vai despertar e voltar a ser humanidade. Até lá, como na resistencia francesa, têm cuidado, não te exponhas, o inimigo está em toda a parte lol .
Beijo