Estou naquele ventoso lugar,
onde me despi sem pudor,
de tantos anos esquecidos de mim.
Adiando desejos e amor,
novamente naquele selvático lugar,
Onde me encontrei por fim.
Deixa-me aqui ficar,
entre moinhos de vento.
Deitada no vale da nossa lembrança,
sem limites nem temperança.
Enterro as mãos na lama,
sinto o cheiro da tua terra.
Quero-te respirar, respira fundo.
Ouvir o toque da tua pele.
Isso, novamente fundo.
Abre as mãos.
Entrelaça-me em sussurrares.
Sinto o vento em nós.
Lentamente em ti…
2 comentários:
O vento, a terra, as mãos, a pele...
Voltarei.
Como me identifico no teu texto...
Bravo. Adorei
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