quarta-feira, maio 21, 2008

muito perto do nada

Hoje mais uma vez a viagem aconteceu
Parece que o corpo físico que tenho
Já há muito deixou de ser meu
E a mente voou para onde tudo nasceu

Estou de fora e olho para mim
Estou dentro do único momento perpétuo
Onde o amor me enfraquece e assim
Embalo-me tal qual recém-nascido

E tu não me entendes
Ninguém me sintoniza
Os pensamentos correm depressa
Pouca coisa parece importante

Relembro o teu sorriso de menino
O teu jeito tímido de ser
O som da tua voz harmoniosa
A tua coragem nua

Sei que não és um
Nem tão pouco único
Nasceste dentro dum Agora
Só o Agora interessa

Como se dum teatro se tratasse
Fazes aparições de estrela enigmática
Deixando um cheiro de ti
Em cada um que comigo se cruza

muito perto do nada, na essencia de tudo...

1 comentário:

Daniel Aladiah disse...

Querida Laura
Mais um belíssimo poema...
Um beijo
Daniel